Pretendemos ser reconhecidos, nacional e internacionalmente como uma empresa de referência no setor da água em Portugal, pela qualidade do serviço prestado, inovação, competência, eficiência, sustentabilidade e criação de valor.

O que se diz e o que se sabe sobre o Coronavírus

Todos nós temos a responsabilidade e obrigação de realizar a nossa atividade profissional em segurança, nomeadamente através do uso do Equipamento de Proteção Individual adequado a cada função e exigido para cada etapa de tratamento operacional, assim como, do reforço da higiene pessoal, protegendo a nossa saúde e a daqueles que nos rodeiam.

Hoje, mais do que nunca, esta responsabilidade é uma necessidade incontornável!

No decurso da operação e manutenção de sistemas de recolha e tratamento de águas residuais os trabalhadores estão sujeitos a riscos que devem ser mitigados pelas medidas de segurança existentes, considerando a possibilidade da exposição a agentes biológicos, como bactérias, vírus e fungos e subprodutos como endotoxinas e micotoxinas. A diversidade e quantidade destes agentes no afluente que entra nas nossas instalações varia a cada momento. Atualmente, com todas as nossas atenções voltadas para o combate ao Covid-19, notícias recentes dão nota de que foi detetado material genético do Coronavírus nas águas residuais, na sequência de um estudo realizado numa ETAR de Amesterdão, sendo que o método realizado não permite saber a quantidade do vírus, mas apenas a presença do material genético.

Os riscos inerentes à presença de agentes biológicos na água residual, apesar de não visíveis, mereceram desde sempre nossa a máxima atenção. A avaliação deste risco constitui-se como um fator decisivo, sendo a exposição a agentes biológicos não só um problema de saúde pública, mas também uma importante questão no âmbito da Saúde Ocupacional. À semelhança de outros agentes biológicos, o combate ao Coronavírus não é diferente: temos obrigatoriamente de cumprir as regras de segurança, protegendo-nos dos diversos tipos de exposição (tais como, inalação, ingestão e absorção cutânea).

Apesar de ser ainda precoce tecer comentários fidedignos referente a um microrganismo sobre o qual ainda se sabe muito pouco, as medidas preventivas e de proteção do trabalhador não devem ser descuradas. Estas incluem confinamento para evitar a formação de aerossóis, procedimentos de higiene e limpeza rigorosos, vigilância apertada da saúde dos trabalhadores e a utilização obrigatória de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, máscaras, óculos, viseiras e fatos descartáveis.

A correta utilização dos EPI é essencial para evitar qualquer tipo de contaminação biológica.

Atualmente não se conhece a capacidade de sobrevivência do Coronavírus em águas residuais. Sabemos que a diluição com o restante caudal será um fator positivo e que, uma vez que o SARS-CoV-2 não foi encontrado no efluente tratado, cada etapa do tratamento resulta numa redução adicional do risco potencial.

Não há evidências de que o vírus COVID-19 tenha sido transmitido através de sistemas de saneamento, com ou sem esgoto tratado, e também não há evidências de que trabalhadores dos sistemas de tratamento de águas residuais tenham contraído este vírus durante o seu trabalho, considera-se que o risco das equipas de operação das Fábricas de Água de contrair o COVID-19 através do contato com esgoto (aerossóis) é reduzido. (*)

Estamos atentos e a acompanhar grupos de trabalho do sector que estão a investigar o assunto. Todos temos de cumprir a nossa missão salvaguardando a nossa segurança. Obrigado.

 

Fontes:

(*) in: “Water, sanitation, hygiene, and waste management for the COVID-19 virus” Interim guidance, 19 March 2020, World Health Organization, UN / UNICEF https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331499/WHO-2019-nCoV-IPC_WASH-2020.2-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

 https://www.kwrwater.nl/en/actueel/what-can-we-learn-about-the-corona-virus-through-waste-water-research/